Reflexão ♥

• TEXTO: ONDE ESTA O AMOR?

18:49

Ao perder-te eu a ti, tu e eu teremos perdido. Eu, porque tu eras quem eu mais amava. E tu, porque eu era quem te amava mais. Mas, de nós dois, tu terás perdido mais que eu. Porque poderei amar a outros como amava a ti. Mas a ti não amarão, como te amava eu”.
Ernesto Cardeal

O amor às vezes te prega peças. O conto de fada está cada vez mais irreal. O felizes para sempre já não funciona mais na forma literal da frase. Casamentos se desfazem na simplicidade de um piscar de olhos. E as promessas? A antiga disposição do “até que a morte os separe”? A história? As alegrias? Juras de amor? Trocas? Risadas? Brigas? Fazer as pazes? Tudo vira um grande nada. Sobra tristeza e em muitos casos, revolta. Cada um carrega a sua cruz a sua maneira, mas todos sempre acabam passando pelos cinco passos da dor da perda. Como num processo de luto. Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Mas até atingir o último estágio da dor, sentimentos tornam-se uma tormenta e acabam por roubar sorrisos e a alegria de viver. A sensação que fica é que está tudo de ponta-cabeça. Como se a ordem das coisas estivesse sendo constantemente embaralhada. O certo é errado e o último vira primeiro. Razão é melhor que emoção e a linha confinante entre amor e ódio torna-se bem mais abrangente. Mentiras tornam-se necessárias. A dor já não fere tanto. Sem disposição de carinhos, beijos ou abraços, nos tornamos menos dependentes. Buscamos solidão. Segurança é sinônimo de ilusão. Amigos tornam-se conhecidos. Famílias agora estão distantes e o amor vira o nosso carrasco. Alguns conseguem viver interpretando papéis e exibindo um falso sorriso na cara, outros não nasceram para atuar e acabam por se expor mais do que deveriam. É importante saber que solidão nem sempre é depressão e amores nem sempre são com paixão. Muitos são fabricados, inventados ou irrealizáveis. Alguns magoam, deprimem e ofendem. Mas a vida é feita de escolhas e ninguém quer viver no infortúnio. E se é para ser feliz, pratique a legítima bem-aventurança. Apare as arestas, afaste os maus hábitos, isole o problema e não se isole. Quando tudo ruir, junte todos os caquinhos e converta a pó. Guarde numa caixa bem pequena, para que você tenha noção de que é maior do que qualquer sofrimento. Dê-se a oportunidade de amar novamente, mas acima de tudo, se ame. Experiências são necessárias, não tenha medo de reinventar-se e reeditar-se. Seremos felizes no dia em que reconhecermos que o drama é menos importante que a comédia.

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1 Comentários

  1. Muito lindooo amei,exatamente o que eu precisava ler....
    Parabens...

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